sexta-feira, setembro 09, 2005

REGRESSÃO


Falar de Regressão é sempre uma grande alegria, principalmente por conhecer alguns tabus que cercam esta “janela” rumo ao passado. Sendo assim, ao falar do assunto, espero contribuir para que o conceito de regressão seja melhor compreendido, e ao final, aceito com naturalidade. A verdade é que não há porquê ser diferente, já que estamos falando de um “estado de lembranças”. Estado esse que qualquer pessoa pode atingir, desde que esteja interiormente disponível, ou seja, esteja aware, consciente do aqui, agora, plena e completamente.Explico: a Regressão nada mais é do que um conjunto de lembranças do passado, de forma que para regredir, ou lembrar, é necessário que a pessoa esteja comprometida com este desejo e com a necessidade de regredir. Somente assim, a mesma conseguirá “abrir” o seu inconsciente e deixar que as lembranças sejam liberadas.

Evidentemente, não é coerente, nem mesmo responsável, que o indivíduo busque a regressão por mera curiosidade, como por exemplo, a mais comum de todas: saber se foi rei ou rainha. Se todos fossem reis ou rainhas não haveria súditos, nem um reino a reinar, só haveriam os reis, os cedros e as coroas -- já imaginou que tédio seria?

O fato é que se deve buscar a regressão quando se tem “queixas”, ou profundas inquietações acerca de alguma característica pessoal. Sabe aquela coisa que você tem que não combina com você, que não te satisfaz, quando a vida parece não pegar pé, como se estivesse sempre morrendo afogado na beira do mar?
Muitas são as vezes em que uma pessoa diz que a sua vida não presta, que não sabe o que fez para Deus, que não merece aquilo que está passando. My dear, você já pensou na possibilidade de ter sido uma bela de uma “mala” no passado? Aquele tipo que matou muito, que desejou muito o mal de outro, aquela peçinha mansa, que jogava a pedra e escondia a mão? Não é censurável que se tenha pensado sempre que se foi a melhor pessoa possível no passado, de fato, é bem comum, mas não é recomendável que continues a pensar.

Afinal, não existe a possibilidade de alguém ter sido sempre a vítima. É certo que já fomos, e muito, o algoz, e acredite: as pessoas que foram vítimas podem estar bem perto de você. Pode ser aquela pessoa que você não suporta sequer ouvir a voz: seu pai, sua mãe, seu filho, aquele filho que parece um karma, que te faz pensar que ele foi trocado na maternidade mesmo quando você pariu em casa; ou aquele vizinho que te leva à delegacia cada vez que a sua mangueira presenteia o quintal dele com muitas folhas.Pois é, as suas vítimas lhe acompanham para que você tenha a oportunidade de resgatar, restaurar uma boa impressão, de facilitar para que deixe de te odiar, ou mesmo de te antagonizar. É a oportunidade de pedir perdão. Você pode estar se perguntando: “Como vou saber o que fiz?”.

Se você se fez essa pergunta, acaba de descobrir para que serve a regressão. Serve para que você consiga entender o que parecia inexplicável; serve para que você entenda o quanto se pode magoar sem querer, o quanto se deve pedir perdão, e para que você aprenda mais que isso: que o perdão faz bem a você mesmo, e que logo depois do perdão vem o alívio e a calmaria.

Parece difícil? Então console-se em saber que você também foi vítima de alguém. Por isso que tal começar a perdoar? Oh, yes!

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