segunda-feira, junho 19, 2006

AMOR ETERNO

É muito comum as pessoas dizerem que já tiveram um grande amor em sua vida. Que só se ama uma vez , que fulano é seu único e verdadeiro amor.

Estas assertivas partem do pressuposto de que só se vive uma única vida. Nasceu, viveu e morreu, simplesmente, ponto.

Partem também da premissa de que todos os outros relacionamentos que cada pessoa teve depois do único amor, não passou de uma enganação, tanto para si mesmo, quanto para com o outro, e que mesmo antes de você se relacionar com esta pessoa ela já estava relegada ao plano dos acessórios e não sabia, ponto.

Entretanto, não é difícil encontrar uma pessoa que possa testemunhar já ter cruzado com um alguém e ter soltado faíscas quando os seus olhos se encontraram. Faíscas de desejo, de pura atração, sexo lindo e primitivo ou faíscas de ódio, de inexplicável e gratuita aversão.

Também não é difícil encontrar pessoas que atestem ter nesta vida um amigo que tanto adoram. Aquele tipo se adora desde a primeira vez que se encontra e dos quais nos tornamos grandes confidentes. Parece até que já nos conhecíamos há tanto tempo...

É Possível que uma pessoa, tenha morrido em outra vida, deixando uma grande paixão para trás e esta paixão, por ter sido interrompida, fica “à flor da pele” de tal forma que, quando ambos se encontram nesta vida atual, imediatamente se linkam ou se arrepiam e normalmente dão um jeito de viver esta paixão.

Ocorre que, via de regra, as paixões não existem para serem eternas. Afinal, esta paixão, em outra vida se dava em ambiente diferente, podendo inclusive ter como agravante, o fato de aquele que hoje pertence ao sexo masculino, ter sido a mulher na relação do passado e vice-versa. Temos assim, tantas mudanças de variáveis que podem inviabilizar o cenário aparentemente eternizante de uma paixão. Muitas vezes, o que restava a ser vivido na história dos dois, era tão pouco, que uma vez vivido, logo é esquecido e “adeus Corina.”

Existem também o segundo caso. Onde uma pessoa “cruza” com a outra e a odeia de morte, até sente “agonia” quando lhe ouve a voz. É provável que tenhamos aí, algozes do passado. Inimigos que se odiaram, se feriram e muitas vezes se mataram. Algumas vezes, ocorre de encontrar uma pessoa com este perfil de repulsa, comentar com os amigos que não suporta tal pessoa e depois se apaixona pela dita cuja.

Dentro deste exemplo, não raro, encontramos os casos de crimes passionais, onde maridos ou namorados, matam seus pares e em muitos casos depois se matam . Ainda neste tocante, cumpre lembrar, que não se pode desprezar aquele aviso interno que diz: “fique longe”, que muitas vezes a intuição avisa e as pessoas desprezam. Quer exemplo? Os amantes demasiadamente ciumentos, que os desavisados costumam confundir com prova de amor.

Resta - nos a terceira possibilidade, que é a de encontrar um ser que se afina muito com você e que pode ter sido um parente querido no passado, ou mesmo um amigo muito próximo. Ao se encontrarem, os seres se reconhecem (tanto os amigos, quanto os inimigos, apenas não sabem nem como, nem de onde, devido à função da barreira de memória) se gostam e continuam sua história juntos.

Mas, é provável que você, caro leitor, não se permita acreditar em outra vida. Então, se seguirmos a sua linha de crença, posso entender que você é uma pessoa que se apaixona facilmente por um desconhecido? Olhou, arrepiou , gamou e transou? Certo. Ou, você antagoniza com as pessoas de graça, sem que nada esta criatura tenha lhe feito? Foram apresentados, se odiaram e você formou juízo de valor logo de cara? Foi isso que a sua mãe lhe ensinou? Certo. Ou ainda, você odeia o (a) cara e depois de algum tempo, começa a achá-lo fascinante, se apaixona por sua irreverência e por sua forma desrespeitosa de ser, pois ele(a) aparenta ter “muita personalidade”, lhe dando ordens, coisa que ninguém jamais ousou fazer e você logo larga todos os seus amigos, pois descobriu que eles não combinam com sua nova visão de mundo? Certo. Ou ainda, encontrou com alguém tão parecido com você, que se este alguém te deixar, o mundo caiu, acabou, não pode mais amar? Certo.

É provável que você esteja esperando que eu continue esta reflexão solitária. Errado, agora você pensa, se encontra e resolve como quer viver. Afinal, se sua opção for a de acreditar que existe outra vida, é você quem vai arcar com a sua decisão. Se você resolver que viemos do pó e para o pó voltaremos, é você que vai virar pó mesmo.
Então, Adiós.

Um comentário:

  1. ola ...legal seu blog!!!! tava dando umas olhadas...mais como é muito tarde vo deixa pr ver direito amanha....

    flw

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